20 de outubro de 2009


Distorção da ética

Ao assistirmos o filme O Informante, nós deparamos com o relacionamento entre a mídia e a fonte e entre o jornalista e a empresa para o qual trabalha. Assim ao pensarmos e compararmos à película a atual situação do jornalista brasileiro, onde não há a necessidade de uma regulamentação do diploma e onde a ética ao qual seguem, seja no Código de Ética, seja na Lei de Imprensa estão em defasagem, percebemos que a moral atualmente é confrontada com os interesses da indústria e do governo. Desde modo vivemos numa sociedade onde quem dita às regras são as empresas, elas fazem sua própria ética, com isso o jornalista vira produto de uma grande organização, na qual se ele questionar, como fez o jornalista do filme O Informante, vira um produto descartável. No caso do Brasil, os grandes oligopólios da mídia não respeitam nenhuma das leis propostas para jornalista, aumentando ainda mais o poder da mídia de criar o que ela quer e influenciar a população.

O filme O Informante, de 1999, é baseado em fatos reais, e conta a experiência de Jeffrey Wigand, ex-executivo da empresa americana Brown & Williamson. Ao sair da empresa, resolve expor a forma como a indústria tabagista estimula (conscientemente) a dependência dos fumantes, utilizando, além da nicotina, aditivos químicos ao cigarro. Para isso procura a mídia, através do jornalista Lowell Bergman, que é produtor do programa “60 Minutes”, da rede americana CBS. A primeira batalha é transpor a barreira de um acordo de sigilo, que o executivo teve de assinar ao sair da Brown & Williamson e que é vencida pelo produtor do programa, ao conseguir convencê-lo a conceder a entrevista. A segunda, muito mais difícil, é travada pelo jornalista junto a CBS, na luta para veicular as denúncias na TV, pois a emissora resolve não transmitir a entrevista sob a alegação de que as conseqüências jurídicas poderiam ser fatais. O filme retrata as pressões sofridas pelo entrevistado e pelo produtor, denunciando um conflito ético e pessoal na busca e divulgação da verdade. No fim o jornalista consegue publicar sua matéria através de jornais e pede demissão, saindo com sua integridade inabalada.

Ao trazermos os problemas éticos do filme à realidade brasileira, nos barramos a duas leis do jornalismo brasileiro, o Código de Ética e a Lei de Imprensa. Ambas estão inativas, pois desde o dia 17 de junho de 2009, o Supremo Tribunal Federal desregulamentou a profissão inabilitando assim qualquer tipo de regras que esta seguia. Porém, antes disso, já se podia salientar uma defasagem nas normas que regia os profissionais da mídia brasileira, pois estas foram regidas no período de ditadura militar e não houve adaptações para a nova realidade e o que gerou e gera bastante imparcialidade e controvérsia entre as duas.

Com base na película e nas regras do jornalismo brasileiros podemos destacar alguns pontos onde o jornalista Lowell Bergman, do filme O Informante, não foi ético. De acordo com a Lei de Imprensa, Capítulo Terceiro, artigo 19 o jornalista não deve incitar à pratica de qualquer infração ás leis penais. Nesse caso ouve uma incitação para que a fonte falasse, o jornalista pressionou-a fazendo com que falasse o que ele queria ouvir. No Capítulo Sexto, artigo 50, diz que a empresa se responsabilizara pela divulgação da informação, porém isso não acorre no filme, pois a imprensa não indeniza o informante. Outro ponto que o a lei feri é quando ao direito de proteção das fontes, algum que não ocorreu. Já em relação ao Código de Ética podemos destacar no Capítulo Segundo, artigo 6º incisos VI( não colocar em risco a integridade das fontes...), VIII ( respeitar o direito à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem do cidadão), nas duas situações o jornalista colocou o informante em perigo, pois este foi ameaçado, e desrespeitado em sua intimidade, interferindo em sua vida pessoal. No artigo 12, destacamos os incisos I e II não quais falam que o jornalista deve ouvir os dois lados e sempre buscar provas que fundamentem suas informações, isso não ocorre no filme, pois Bergman confia fielmente em sua fonte. O jornalista segue sim um código ético em alguns aspectos, mas antes de tudo segue as circunstâncias e emoções do momento, o que lhe faz ferir as leis.

Segundo Francisco José Karam, em seu livro, Jornalismo, Ética e Liberdade, atualmente, as leis são quase meramente referencias formais afastadas das convicções interior dos jornalistas. No entanto, a consciência da dimensão ética pode redefinir a atuação pessoal e técnica cotidiana do profissional. É isso que ocorre no Brasil, os códigos são ultrapassados e entram em contraposição. A Lei de Impresa por exemplo desacorda com artigos da Constituição Federal de 1988. A Constituição incluiu em seu texto final o capítulo V, "Da Comunicação Social", e o Artigo 220, inovador com relação às legislações anteriores, diz: "A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição". De acordo com o parágrafo primeiro deste artigo, nenhuma lei pode conter "dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social". Enfim, os códigos trazem princípios que, sem uma vinculação com o concreto e o cotidiano, esvaem-se no mar de subjetividade, onde aquele que tiver mais força certamente puxará seu lado os desdobramentos implícitos no conteúdo dos artigos, parágrafos, incisos.

Ainda segundo Karam, a crise na ética jornalística se dá, por sua vez, nos monopólios e oligopólios da propriedade dos meios, na incompetência na apuração e redação, na exposição da vida privada sob o pretexto de interesse público. A crise se dá por não levar em conta a responsabilidade que a atividade jornalística exige. Daí a necessidade de um debate teórico, onde cabe ao jornalista a mediação direta e global, permitindo que às pessoas participem desse mundo e que a questão ética esteja na capacidade de distinção entre os acontecimentos de relevância pública e a obrigação de publicá-los, atendendo “a princípios de pluralidade social, em tentativa de ampliar o direito à informação. É necessário constituir uma ética na qual a adesão se dê por convencimento e não por decreto, e na qual os princípios não se reduzam, como hoje, a referências ineficazes do ponto de vista jurídico e inúteis do ângulo da consciência moral, mas embriagada pelo fascínio imediato da profissão ou submetida ao ritmo da produção industrial.”

Porém nada disso adianta quando não há uma regulamentação da profissão, pois segundo o próprio Código de Ética Capítulo III , Artigo 8º – O Jornalista é responsável por toda informação que divulga, desde que seu trabalho não tenha sido alterado por terceiros, caso em que a responsabilidade pela alteração seja de seu autor. Ou seja, sem uma lei de imprensa, não há código de ética, tornando-se assim qualquer indivíduo capaz de transmitir uma informação e de qualquer jornalista usar sua própria ética, movido pelo fascínio do poder e da fama, para fazer o foto acontecer, sem se preocupar em prestamos serviços para a sociedade e sim para um público individual.

REFERÊNCIAS:

KARAM, Francisco José. Jornalismo, Ética e liberdade. São Paulo: Summus, 1997.

BARONI, Aline. Para uma defesa moral do jornalismo e de sua especificidade ética. Disponível em: <> Acessado: 15/10/2009

Quase
Luís Fernando Veríssimo

"Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase!É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase amou não amou.Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e na frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor. Mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão, para os fracassos, chance, para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando...
Fazendo que planejando...
Vivendo que esperando...
Porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu."

23 de setembro de 2009


A evolução

A comunicação Social evolui à medida que o homem evolui e constrói novas maneira de expressar e de se adaptar às necessidades do seu tempo. Assim, entre o período de 1960 a 1980 o papel do jornalismo e da comunicação esteve diretamente ligado a necessidade do homem de criar novas tecnologias que permitissem a ele, se proteger, repassar suas idéias e disseminar sua maneira econômica e cultural. Para isso houve um uso exacerbado dos meios de comunicação de massa, já que o mundo viva em plena Guerra Fria.

A Guerra Fria foi uma disputa pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e União Soviética após a II Guerra Mundial. Foi uma intensa guerra econômica, diplomática, ideológica e tecnológica pela conquista de zonas de influência. Ela dividiu o mundo em dois blocos, com sistemas econômicos e políticos opostos. A URSS possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os USA, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Para mostrar a supremacia de cada um dos lados os meios de comunicação foram o principal veículo para difundir suas idéias.

A televisão, principalmente através do cinema e da propaganda, foi utilizada para convencer o mundo de qual seria o melhor sistema para se viver, o capitalismo ou o socialismo. Os filmes de Hollywood cativaram bilhões de pessoas no mundo, com imagens maniqueístas que mostravam os comunistas de modo geral como seres humanos perversos. Os filmes soviéticos também apresentavam os cidadãos norte-americanos como seres movidos pela ganância do dinheiro e pela vontade de dominar outros povos.

Os feitos esportivos e científicos também ajudavam na propaganda. Por isso a corrida espacial ocupou as páginas principais da imprensa mundial. Os soviéticos saíram na frente quando puseram o primeiro satélite no espaço, Sputnik, também enviaram o primeiro astronauta no especo, Yuri Gargárim, que proclamou a famosa frase, estampada nos principais jornais da época: “ A Terra é azul”. Os soviéticos também lançaram as primeiras naves-robô à Lua, porém foi os Estados Unidos que levaram o primeiro homem à Lua, Neil Armstrong, em 1969. Esse feito pôde ser acompanhado pela televisão, pela emissora CBS. A transmissão foi feita por Walter Cronkite, a cobertura do acontecimento deu à CBS uma estrondosa vitória nas audiências, e consolidou ainda mais o prestígio e a influência de Walter Cronkite junto dos americanos.

As olimpíadas foram um excelente campo de disputa entre URSS e USA no período em que participavam dos Jogos Olímpicos, os soviéticos conquistaram mais medalhas de ouro do que os norte-americanos. Para aqueles, este era um indício da superioridade do sistema socialista sobre o capitalista. Os Jogos de Moscou, em 1980, transformaram-se em um evento midiático, feitos sob medida para serem transmitidos a espectadores a milhares de quilômetros de distância. Ganhando a simpatia do mundo com seu mascote irresistível, o urso micha. No Estádio Lênin, painéis perfeitamente movimentados por centenas de pessoas davam movimento ao ursinho, que ainda chorou na despedida. A festa em Moscou não foi perfeita por conta do boicote político de mais de 30 países, estimulados pelos Estados Unidos.

Outro campo beneficiado pelos avanços tecnológicos foi o das Telecomunicações. Temendo um possível bombardeio soviético, durante a década de 1960, universidades americanas desenvolveram um novo tipo de comunicação entre os computadores, que seria conhecida como Arpanet. A lógica do sistema era a seguinte: caso fosse feito um bombardeio soviético, a central de informações não estaria centrada em um só lugar, mas sim em vários. E estas centrais seriam conectadas entre si. O sistema foi inaugurado com sucesso em 1969, na Universidade da Califórnia (UCLA), com o envio de uma mensagem de caracteres para outro servidor. Durante a década de 1970 o uso dessa tecnologia se manteve restrito a fins militares e acadêmicos. Somente em convenção realizada no ano de 1987, a rede foi liberada para uso comercial. A partir de então a Arpanet passou a se chamar Internet.

Com o desenvolvimento da internet o isolamento e a dependência imposta devido a alguns tipos de limites acabaram. Começou um novo tipo de relacionamento bem mais amplo cujas dependências também seriam outras. A partir de então novas descobertas tornariam a comunicação cada vez mais próxima do homem, Nesse contexto surge o termo hipertexto criado por Ted Nelson. A concepção do autor o hipertexto está ligado a idéia de links bi-direcionais, ao contrário da unidirecionalidade dos links atuais. Aparecem também os computadores pessoais, que beneficiam a proximidade entre a informação e o homem. Ressaltando ainda mais essa aproximação é desenvolvido o MSG, primeiro programa que permitia escrever, responder ou redirecionar e-mail. Diante disso percebemos que à medida que se comunica, o homem se descobre, descobre o mundo, o outro, cria códigos, estabelece hierarquia. Ou seja, não há humano sem comunicação.


Corrigido pela Ingrid

4 de setembro de 2009


Duas histórias, duas interpretações

Aos observarmos dois filmes de cunho jornalístico como “O Custo da Coragem” e “Todos os Homens do Presidente” nos deparamos com casos tão parecidos, onde jornalistas investigativos tentam denunciar um crime, seja social ou político, mas agem de maneira totalmente diferente. Na primeira película a jornalista Verônica Guerin investiga o tráfico de drogas na cidade de Dublin, Irlanda, porém para conseguir informações (para sua matéria) coloca a sua vida e a de sua família em risco, além de não agir perante a ética de sua profissão, deixando-se deslumbrar com a fama e não averiguando a veracidade dos fatos. Em contra a partida o segundo longa metragem retrata a estória de dois jornalistas americanos do Washington Post, Bob e Carl, que se esforçam ao máximo para obter informações verdadeiras para solucionar o caso. Buscando sempre confirmar seus dados e não se deslumbram com a suposta fama que poderão ter.

O filme o “O Custo da Coragem” conta a estória da jornalista Verônica Guerin que trabalhava no jornal The Sunday Independent como repórter investigativa. Após perceber o aumento do tráfico de drogas nos anos 90, na cidade de Dublin, na Irlanda, resolve investigar e publicar suas descobertas. Durante dois anos investiga incessantemente o caso, publica várias matérias sem sequer checar a veracidade dos fatos divulgados- mesmo tendo consciência de que poderia estar sendo manipulada por suas fontes, algum que foge da ética jornalística. Além disso, Verônica logo se deslumbra com os holofotes, parecendo importa-se mais com a autopromoção do que com sua própria segurança ou mesmo com a de sua família. No final acaba morrendo, porém vira heroína na Irlanda, pois sua morte mobilizou a justiça, fazendo com que esta agisse, investigando a fundo o tráfico, prendendo mais de 150 pessoas envolvidas e criando uma lei de auxilia às testemunhas.

A película “Todos os Homens do Presidente” relata a estória de dois os repórteres investigativos americanos, Bob e Carl, do jornal The Washington Post que tentam desvendar toda a armação do caso de Watergate, que envolvia o então reeleito presidente americano Richard Nixon em 1972. Durante todo o caso, observa-se a busca dos jornalistas pelas fontes, os quais investigaram sem parar, de maneira obsessiva, todos os prováveis suspeitos de estarem ligados ao caso. Após dois anos de busca eles conseguiram de maneira limpa e clara denunciar o maior escândalo de corrupção da política norte-americana e tirar o presidente Nixon do poder.

Segundo Ester Kosovski no seu livro “Ética, Imprensa e Responsabilidade social” “ a liberdade de imprensa não pode abranger a publicação de notícias ou acusações sem a devida investigação da veracidade dos fatos ou a violação da intimidade, invasão da privacidade”. Com isso ao compararmos o papel ético dos jornalistas em ambos os filmes, percebemos que Verônica Guerin não foi tão ética pois por mais que investiga-se a fundo o tráfico de drogas, publicava matérias sem sequer checar a verdade dos fatos divulgados, mesmo sabendo que poderia estar sendo enganada, alem de não informas os nomes de suas fontes . Contudo encanta-se com a fama e com a autopromoção, esquecendo da sua própria segurança ou mesmo com a da sua família. Já em “Todos os Homens do Presidente” os jornalistas tem a consciência, como dito pelo editor de Bob e Carl no filme, de que a escrita é uma arma que pode ser favorável ou não ao jornalista, que não tem apenas que escrever bem, mas saber escrever o que era fundamental e verdadeiro. Pois eles possuem “a capacidade de influir e mudar uma situação” (KOSOVSKI, 1999), com isso eles buscavam as notícias onde ninguém as via e onde nem sabiam que poderiam ser encontradas, mas sempre divulgando as fontes e nunca deixando-se iludir com uma provável fama que adquiririam. A ética e forma com que esta foi aplicada e interpretada é sem dúvida a grande diferença dos filmes.

DADOS DOS FILMES

  • Todos os Homens do Presidente

(All the President's Men, 1976)

» Direção: Alan J. Pakula

» Roteiro: Carl Bernstein (livro), Bob Woodward (livro), William Goldman (roteiro)

» Gênero: Drama

» Origem: Estados Unidos

» Duração: 138 minutos

» Tipo: Longa-metragem

  • O Custo da Coragem

(Verônica Guerin)

» Direção: Joel Schumacher

» Roteiro: Carol Doyle

» Elenco: Colin Farrell (Tattooed Boy), Brenda Fricker (Bernie Guerin), Cate Blanchett (Veronica Guerin), Ciarán Hinds (John Traynor)

» Gênero: Drama

» Ditribuidora: Buena Vista

14 de julho de 2009

Arrisque


A gente nunca parou pra pensar o quando perdemos por medo de arriscar, por medo de dar errado. Perdemos porque outros dissem que não teremos futuro, que não somos feitos para aquilo, que gostamos de fazer. Vemos outras pessoas que se dedicam menos e com tão pouco entusiasmo se destacarem, e nós que nos dedicamos e colocamos toda nossa energia, tempo e vontade não recebemos nem um parabéns, ou oi valeu. Com isso resolvi mostrar que o não dado, que um não reconhecimento pode mudar sua vida.
Reparem no texto abaixo: se os supostos mestre não tivessem dito NÃO, provavelmente não
teríamos grandes ícones.


" - Dispensada da escola de arte com uma nota dizendo: ' Perdendo seu tempo, ela é tímida de mais para se apresentar' - Lucille Ball

- Recusados pela companhia de música Decca, que disse: ' Não gostamos de vocês e a música de guitarra está acabando' - Os Beathes

- Um soldado fazendeiro e agente do estado fálido. Aos 38 anos foi trabalhar com seu pai como ajudante - Ulysses S. Grant

- Cortado do time de basquete da escola, ele foi pra casa, se trancou no quarto e chorou - Michael Jordan.

- Um professor disse a ele que era burro demais pra aprender algo. E ele deveria ir para o campo, aonde poderia fazer sucesso em virtude de sua agradável personalidade. - Thomas Edison

- Despedido de um jornal porque ele: ' não tinha imaginação e ideias originais' - Wal Disney

- Sua noiva morreu, ele fracassou nos negócios duas vezes, teve um colapso nervoso e foi derrotado em oito eleições- Abraham Lincoln.

Se você nunca falho, você nunca viveu "

Não devemos para de arriscar nunca, chore sim, fique decepcionado, mas lute siga em frente, confie em você, que poderá ter uma grande surpresa.


7 de julho de 2009

Chore por mim




A “terra do nunca”, terra imaginaria onde meninos nunca viravam homens onde vivia Peter Pan, ganhou mais um amigo: Michael Jackson. Ele sempre viveu na sua terra dos sonhos, cercado por todas as suas fantasias, onde era rei com súditos fiéis. Michael, como diria Edgar Morin, um olimpiano, um herói imortal, mas que choca o mundo com a maior das mortalidades a morte.

O mundo acordou de luto. Na quinta feira, 25 de junho, o rei do pop, Michael Jackson, morreu de parada cardíaca. Eram 18h26, horário de Brasília. Silêncio mundo afora. Era o fim de uma era, que começou ainda cedo. Com apenas seis anos de idade Michael já cantava e fazia sucesso com seus quatro irmãos, formando os Jackson Five. Aos 11 anos, o pequeno astro já virava o líder da banda. Ao lado de Diana Ross, Michael participou do filme "O Mágico Inesquecível". Foi quando conheceu o produtor musical Quincy Jones, o homem que o transformou em um grande astro da música pop.

Em 1970 lança seu primeiro álbum solo "Off the wall". O álbum vendeu 11 milhões de cópias no lançamento. Em 1980, já era o disco de black music mais vendido da história. Porém seu maior sucesso veio em “Thriller”. Foi o álbum mais vendido de toda a história da música: 106 milhões de discos. Dois anos seguidos tocando nas rádios,incessantemente.Mas foi na televisão que “Thriller” inovou de verdade: efeitos especiais, coreografia, roteiro. Tudo junto. Nascia uma nova linguagem. O rei tornava-se cada vez mais rei, todos queriam ser como ele, imitavam-no, era febre, fenômeno, novidade, surpresa, sucesso.

O mundo acompanhou suas revoluções na música, mas também as transformações na sua aparência. A obsessão pela juventude, fez com que o astro no final dos anos 80 sofresse diversas modificações na fisionomia, resultado de inúmeras cirurgias plásticas. Sua cor negra foi ficando branca, devido a uma doença, vitiligo (onde perde-se a pigmentação da pele). Jackson estava cada vez mais irreconhecível.

Também chamavam atenção por suas excentricidades financeiras e sexuais. Gastava milhões em construção de mansões e tinha problemas com a justiça, acusado duas vezes por pedofilia, mas foi inocentado em ambos. No início deste ano admitiu estar endividado. Assim foi a vida do astro do pop, do auge a solidão, da riqueza a pobreza, da saúde a doença, até que a morte o separou do seu trono.

Talvez sua morte seja mais um grande show, o último. E é assim que a mídia está vendo, o último capítulo da história de um fenômeno. Os telejornais trazem edições exclusivas e emocionantes, divulgam detalhes novos a cada momento, mostram a tristeza em cada parte do mundo. Os apresentadores se emocionam junto com o público. Não a tempo de respirar, de absorver a noticia. É um grande espetáculo, de imagens, de músicas, de história, para mostrar que Michel Jackson viveu e morreu como um rei. E será eterno.


Esse texto foi escrito dia 26/06/2009, um dia após a morte de Michel Jackson.


6 de julho de 2009

Bem vindo a este blog. Você deve estar pensando mais um blog perante a tantos na internet? Por que criar mais um? Talvez porquê eu esteja sendo movida por um onda vinda da faculdade de jornalismo. Onda essa que poderia ser uma moda, a moda de criação de blogs. Resolvi entrar nela: eis aqui meu blog, com um nome talvez comum, com assuntos rotineiros, mas com espaço meu. Onde eu possa escrever, comentar, exercitar meu lado crítico de assuntos que eu goste: como esporte, política, filmes, tv, internet, fotos. Essas coisas que todo mundo lê em blogs, porém com um toque especial: o meu. Espero que gostem.