18 de julho de 2010

Comissão aprova a volta do diploma de jornalista

A comissão especial da Câmara que discute a exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão aprovou nesta quarta-feira (14) o substitutivo que restabelece a obrigatoriedade do diploma, derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em julho de 2009. Em reunião esvaziada e sem muito debate, os parlamentares aprovaram a PEC 386/09, proposta pelo deputado Hugo Leal (PSC-RJ).

A matéria vai agora para o plenário da Câmara, onde será votada em dois turnos, antes de seguir para o Senado. De acordo com o texto aprovado, passa a constar, de maneira explícita, na Constituição Federal que “a exigência de graduação em jornalismo e de registro do respectivo diploma nos órgãos competentes para o exercício da atividade profissional não constitui restrição às liberdades de pensamento e de informação jornalística”.

A exigência do diploma de jornalista derrubada pelo STF tem sido alvo de forte polêmica. No Congresso, as reações à decisão do Supremo levou a apresentação de diversas propostas de emenda à Constituição para retomar a exigência do curso superior na área de jornalismo. Em novembro do ano passado, a primeira PEC nesse sentido foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Fonte: http://www.tribunadaconquista.com.br/v1/2010/07/15/comissao-aprova-a-volta-do-diploma-de-jornalista/

Depois de um ano e do que todos nós jornalisttas e futuros jornalistas esperavamos o diploma esta de volta. Mas no que isso muda? Talvez num possivel status para nós, porque no fundo o que nos torna jornalistas não é um papel, mas sim uma paixão de exercer tal profissão.

7 de julho de 2010

Ola, este poema que publicarei hoje é um dos meus favoritos. De analise propria, acho que o poeta descreveu as fases de uma mulher comparando-a com a Lua.




Lua Nova

                                               Alphonsus de Guimarães
Pobre lua nova, tão pequena
Pelo infinito do céu perdida.
Tão magoada, tão cheia de pena
Da cor de uma menina sem vida.

Pobre lua nova quem te pôs
Tão nua assim num salão tamanho
Com o corpo, cheio de pó de arroz
Como um anjo que saiu do banho?

Que mãe sem alma (se faz tal frio)
De deixou nua num céu como este?
Caíram todos na água do rio
Os vestidos de luar que perdestes.

Vela de pôs, e vai de esconder
Atrás das nuvens - oh lua nova!
Se estas tão branca, se vás morrer
Dentro das nuvens tens uma cova!

Cova de arminho, cova de neve
Berço onde o olhar do bom Deus flutua.
Como teu corpo que é assim tão leve
Vais ficar bem pequenina lua!

Logo depois ressuscitarás;
Serás então, já mulher completa
De seios brancos de amor e paz
Deusa da noite, visão do asceta.

E serão de neve os teus noivados
Terás grinaldas brancas de areia
Menina lua, dias passados
Serás a senhora lua cheia.      


 

6 de julho de 2010

Segredos - Frejat

Eu procuro um amor que ainda não encontrei
Diferente de todos que amei
Nos seus olhos quero descobrir uma razão para viver
E as feridas dessa vida eu quero esquecer
Pode ser que eu a encontre numa fila de cinema,
Numa esquina
Ou numa mesa de bar.

Procuro um amor que seja bom pra mim
Vou procurar, eu vou até o fim
E eu vou tratá-la bem
Pra que ela não tenha medo
Quando começar a conhecer os meus segredos

Eu procuro um amor, uma razão para viver
E as feridas dessa vida eu quero esquecer
Pode ser que eu gagueje sem saber o que falar
Mas eu disfarço e não saio sem ela de lá

Procuro um amor que seja bom pra mim
Vou procurar eu vou até o fim
E eu vou trata-la bem
Pra que ela não tenha medo
Quando começar a conhecer os meus segredos

Procuro um amor
Que seja bom pra mim
Vou procurar, eu vou até o fim.

Eu procuro um amor
Que seja bom pra mim
Vou procurar, eu vou até o fim.
Meu lar doce lar
Natália e Ingrid

Morar sozinho, para alguns é sinônimo de vida adulta, independência, liberdade. Ter seu canto, cuidar de suas coisas. Poder dormir e acordar a hora que bem quiser. Deixar a casa arrumada (ou numa desordem que só você entenda), viajar, sair e chegar a hora que desejar sem dar qualquer tipo se satisfação a ninguém. Enfim, a casa é sua e as regras também, é um mundo cheio de possibilidades, no entanto, morar sozinho, tem suas responsabilidades e deveres. Se é totalmente bom ou ruim não se sabe, o que ninguém discorda é que essa mudança pode ser um posso decisivo na vida de quem busca andar com seus próprios pés.
O estudante Eduardo Alves Branco, 21 anos, morava com a família e sempre teve vontade de morar sozinho, encontrou nos estudos uma possibilidade de consolidar seu desejo de sair de casa. “Queria minha independência, gosto de liberdade. O estudo, além de ser uma coisa boa para meu futuro, foi minha válvula de escape.” A necessidade de mais espaço também fez à psicóloga M.M.C., 46, deixar a casa dos pais. Por opção, a psicóloga saiu de casa aos 35 anos, após ter construído sua própria casa, conta.
Para a psicóloga, Aparecida Mercês Silva, são vários os motivos que podem levar uma pessoa a querer morar sozinha, dependendo disso para o possível sucesso dessa empreitada. “Enfrentar o novo para muitos, é uma experiência de amadurecimento. Deve-se observar, porém que nem todos têm a mesma capacidade de lidar com essa situação.” O estudante Eduardo, que afirma não ter refletido sobre as conseqüências negativas de morar sozinho, enfrentou muitos problemas e confessa ter aliviado, muitas vezes, suas angústias na guitarra e na bebida.
Morar sozinho tem diversos benefícios, mas também muitas obrigações. Para Jorge Augusto Marques, 22, estudante de Engenharia Mecânica na UFSJ, as dificuldades mais marcantes encontradas foram cozinhar, arrumar casa e lavar roupa. Jorge, que veio de Belo Horizonte, fala também da insegurança que sentiu ao chegar a São João Del Rei: “Tinha medo de não agüentar fazer as coisas que nunca fiz. A fase de adaptação foi difícil, pois estava colocando as coisas em ordem e aprendendo muita coisa”.
Há os que afirmam que morar sozinho tem somente benefícios, M.M.C., diz que se preparou muito para essa nova fase de sua vida e por isso não sentiu grandes dificuldades. Ela assegura também que nunca se sentiu só. “Tenho muitos amigos e muitas coisas que gosto de fazer. Recomendo somente a reflexão antes de tomar tal decisão.” Eduardo diz que hoje, após dois anos morando sozinho só vê vantagens. “Tenho liberdade, durmo a hora que quero, não dou satisfação a ninguém, levo quem eu quero para minha casa, ouço meu rock nas alturas e deixo minha bagunça organizada.”
A psicóloga entrevistada comenta sobre as conseqüências de morar sozinho. Ela afirma que pessoas que não tem uma estabilidade emocional, podem desenvolver um sentimento de profunda solidão, se tornando egoísta ou desenvolvendo outras patologias emocionais, por estar sozinho. Por tudo isso Aparecida coloca a necessidade de se refletir bem antes de tomar uma decisão dessas, vital para andamento futuro da própria vida.
O futuro economista Gustavo Campos Soares, opina sobre as questões financeiras de quando se mora sozinho. Para ele é preciso planejar, colocar seus objetivos no papel, verificando os custos, as vantagens e as desvantagens. Gustavo, que também passou pela experiência de sair de casa ao ir estudar na UFV (Universidade Federal de Viçosa), disse que são necessários alguns requisitos mínimos como: criatividade, determinação organização e trabalho, já que é com ele que vai conseguir custear suas despesas.
Morar sozinho ajuda a pessoa a criar sua própria independência emocional e financeira. Por mais sorte que tenha em sua vida profissional e, consequentimente, na financeira, é preciso se programar para isso, afirma Gustavo, que diz também que no começo é complicado, mas depois fica em ordem. “Vele a pena tentar. O segredo é não desistir no primeiro problema que surgi”.